Qualidade de vida e saúde bucal
A Clínica de Extensão em Prótese Bucomaxilofacial do Curso de Odontologia, no Campus Coração Eucarístico, promove atendimentos nesta quarta-feira (5), no prédio 46, clínica 3, entre 16h e 19h. Os atendimentos são realizados por alunos extensionistas do Curso de Odontologia, que trabalham na reconstrução de órgãos da cabeça e da face, como os olhos e o céu da boca, proporcionando uma melhor qualidade de vida para pacientes oncológicos e com outras malformações. Essa é uma habilidade pouco conhecida do profissional de Odontologia que também auxilia na recuperação da autoestima dos pacientes.
A Clínica de Extensão em Prótese Bucomaxilofacial realiza essa atividade de atendimento gratuito aos pacientes do SUS desde o primeiro semestre de 2021, transformando a vida de pessoas carentes da Região Metropolitana e de outras cidades de Minas Gerais.
“O que fazemos aqui é maravilhoso, a gente realmente consegue transformar vidas. Devolvemos a fala para quem não consegue conversar, reabilitamos a alimentação para quem não consegue comer ou beber água”, relata a graduanda do 9º período do Curso de Odontologia, Luana Guimarães, que atende pacientes no projeto e vê na prática extensionista a possibilidade de aplicar os conhecimentos aprendidos em várias disciplinas do curso. Ela acredita no potencial transformador do serviço prestado pela Clínica à comunidade e pretende seguir trabalhando nessa área quando se formar.
Sob a orientação do coordenador do projeto, o Prof. Dr. Paulo Isaías Seraidarian, e do Prof. Dr. Emmerson Moises Reis, os alunos extensionistas atendem quinzenalmente pacientes que passaram por ressecção cirúrgica de tumores nas regiões da face e cabeça, entre outras enfermidades. Eles atuam no acolhimento, na anamnese, na produção da ficha clínica e na confecção de próteses de olhos, nariz, palato (céu da boca), orelha, entre outros.
Além de devolver a funcionalidade aos órgãos da face, as próteses têm, também, um importante papel estético. Em alguns casos, segundo o professor coordenador da clínica, quando há a necessidade de ressecção completa da cavidade orbitária, por exemplo, a prótese de silicone passa por um processo de “maquiagem” para que o material fique com o mesmo tom da pele do paciente. “Já conseguimos devolver a um senhor, através de uma prótese no rosto, o contato com o neto que tinha medo da deformidade no rosto dele provocada pela retirada de um câncer”, relata.
O tratamento é gratuito aos pacientes encaminhados pelo SUS, vindos dos principais hospitais e centros de quimioterapia e radioterapia de Belo Horizonte, bem como de cidades do interior do estado. Como exemplo, sabe-se que o “Hospital da Baleia é um centro de referência nacional em tratamento de fissurados palatinos, mas nem sempre a cirurgia consegue cooptar e fechar todo o palato. Nesses casos vários desses pacientes são direcionados a fazer a complementação por meio de próteses obturadoras”, conforme explica o professor Paulo.
