03 de dezembro de 2021 – 14h
Título: Caracterização da Reação de Agências de FACT-CHECKING às Publicações sobre a Pandemia da COVID-19 em Redes Sociais
Candidato: Cefas Garcia Pereira
Banca Examinadora:
Link da defesa: https://bit.ly/3b1sqVs
Resumo: No ano de 2020, o mundo se deparou com a pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Este vírus possui uma altíssima capacidade de contaminação através do contato com outras pessoas infectadas. Uma das principais formas de combate ao vírus é diminuir a possibilidade de contato com a população infectada através da restrição da circulação e aglomeração das pessoas. Adentro esse contexto, os meios de comunicação virtuais estão sendo canais de informação sobre a pandemia e também de externalização de sentimentos e opiniões dos usuários. Através das redes sociais, as pessoas assumem o papel de geradores de conteúdo e não só de consumidores. Isso abre margem para a propagação de desinformação, notícias tendenciosas e boatos que se originam por leiguice, interesses políticos e comerciais. Motivado por isso, este trabalho se propõe a caracterizar como as agências de fact-checking têm agido no combate às informações falsas sobre a COVID-19 que circulam em redes sociais como o Twitter e Facebook, buscando ampliar o entendimento sobre o fenômeno da desinformação propagada através da internet. Durante o estudo, foram coletadas matérias de fact-checking sobre a COVID-19 escritas por agências especializadas de diferentes países. Através das notícias verificadas, buscou-se por postagens de mídias sociais em que a desinformação começou a ser disseminada. Após a coleta desse material, verificou-se em quanto tempo as agências de fact-checking analisam a veracidade da notícia e reagem a ela. Além disso, também realizou-se o processamento dos textos das notícias a fim de detectar se os assuntos que estão sendo tratados pelas agências são, de fato, os que possuem maior engajamento dos usuários dentro das redes sociais analisadas e também foi verificada a presença de bots nas redes sociais. Ainda, foi feita uma comparação entre a coleção de fact-checking disponibilizada pelo instituto Poynter e Fact Checking Google API, a fim de identificar a uniformidade entre as bases. Os resultados mostraram que o tempo de resposta das agências foi, em média, de 23 dias no caso de publicação da notícia falsa no Twitter e de 6 dias no Facebook. Para auxiliar o combate à desinformação, foi proposto um modelo classificador implementado através do Random Forest para indicar, com certo grau de precisão, se uma afirmação sobre a pandemia é falsa ou verdadeira. O modelo proposto atingiu F1 Score de 97,9% com testes realizados em uma parcela do dataset coletado.