Agenda PROEX
Número 90 | 31 de maio a 6 de junho de 2021

Projeto Prosa apresenta produções


O projeto de extensão Prosa (Programa de Formação de Autoprodutores em Saberes Ambientais), do Curso de Arquitetura e Urbanismo, juntamente com o grupo de extensão, pesquisa e ensino Produção do Espaço Urbano no Brasil (CNPq), desenvolveu em 2020 produtos como vídeos, publicações (calendário e cartilhas), brinquedos e sacolas ecológicas para apoiar ações coordenadas pelas lideranças das ocupações Tomás Balduíno, Esperança, Helena Grego, Rosa Leão e Vitória e pela Associação de Catadores Coopesol Leste. Por conta da pandemia, as lideranças participaram de videoconferências nas aulas da disciplina Processos Colaborativos, uma prática curricular de extensão, e os alunos puderam conversar com elas sobre as demandas das comunidades.

O projeto Prosa colaborou nessas frentes, implantadas por parceiros como o Núcleo Alternativas de Produção e o Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, todos da UFMG. Esses parceiros também realizaram videoconferências com os alunos a fim de detalhar as práticas de assessoria técnica e as ações em curso das instituições parceiras nos territórios das comunidades. Coube às instituições parceiras oferecer oficinas temáticas aos alunos, segundo as demandas dos territórios.

O Núcleo Alternativas de Produção e a Associação de Catadores Coopesol Leste ofereceram a oficina Lixo Zero, apresentando as ações realizadas por eles. Já o Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental e a liderança da ocupação Tomás Balduíno ofereceram a oficina Wetland, explicando o funcionamento do sistema de tratamento de esgoto implantado no território.

No caso das comunidades de Izidora, os alunos contaram com o apoio do projeto Prosa. Ao invés de oficinas, duas lives foram realizadas sobre a apropriação do espaço público por crianças, quando os especialistas do projeto de extensão Co-criança, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e o arquiteto Samy Lansky compartilharam suas experiências. Com o fechamento das escolas e do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), os moradores começaram a se organizar, com muita dificuldade, em uma rede de cuidados. As lideranças relataram os desafios dos cuidados com crianças nas ocupações urbanas e os arquitetos apresentaram suas experiências na produção de espaços para e com crianças e as reflexões sobre as relações de gênero na produção desses espaços.

Durante os encontros, foram realizadas oficinas virtuais de brinquedos de rua, como balanço e “golzinho”, ofertadas pelos alunos da disciplina Processos Colaborativos. O centro cultural Zilah Spósito, da Prefeitura de Belo Horizonte, apoiou a devolução dos brinquedos aos moradores das ocupações de Izidora, que, após um período de quarentena, foram buscados pelas lideranças.

O trabalho contou com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão, da Pró-Reitoria de Logística e Infraestrutura e do Escritório de Integração do Curso de Arquitetura e Urbanismo (gestão 2015-2020).