Programa Vozes de Brumadinho
Com o objetivo de contribuir diretamente com o fortalecimento e bem-estar das comunidades afetadas pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, os extensionistas do projeto de extensão Ações Psicossociais em Brumadinho, da PUC Minas, idealizaram o programa de rádio Vozes de Brumadinho. A ação, que integra o programa de extensão PUC Minas e Brumadinho – Unindo Forças, envolve alunos de Comunicação Social, Medicina e Psicologia, em parceria com a Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário, da Arquidiocese de Belo Horizonte.
O trabalho foi construído juntamente com moradores das comunidades de Pires; Acampamento Pátria Livre, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra); Quilombo (Sapé e Marinhos); e Ponte das Almorreimas.
“Com a falta de investimento do poder público em prestar assistência aos habitantes do local, foi necessária uma solução interna para suprir as demandas voltadas à educação, saúde e assistência social. O programa de rádio promove, acima de tudo, o acesso à informação simples e de qualidade a todos os habitantes das comunidades. Desejamos recolher dados importantes para a segurança dos moradores, divulgar as ações que vêm sendo executadas dentro dos territórios, como formas de resistência e cuidados práticos”, explica a professora Sandra Freitas, uma das coordenadoras do projeto, juntamente com os professores Adriana Diniz de Deus, Carlos Alberto Pereira Pinto, Carolina Costa Resende, Márcia Mansur Saadallah e Rubens Ferreira Nascimento.
O programa conta com três episódios pilotos, produzidos coletivamente, com tempo estimado entre dez e 15 minutos, em que os assuntos abordados foram discutidos e decididos anteriormente com as comunidades envolvidas. Os programas são disponibilizados em redes e canais de comunicação e também por meio de carro de som, para todo o território das comunidades.
“Procuramos informar e entreter os moradores durante esse período de incerteza e sofrimento. Todos sabemos dos impactos que um isolamento social pode gerar, além dos medos e preocupações, a saúde e no estado emocional de toda população também são afetados”, observa a professora Sandra.
