IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 123 | 01/10/2020 a 01/11/2020

Em dia com o Mercado

Sustentabilidade: equilíbrio entre os pilares econômico, ambiental e social

 

Manuela Bahiense W. Proença é engenheira ambiental e desde pequena se interessa pelo meio ambiente e pela preservação da natureza.   O seu encanto por todas as formas de vida a fizeram escolher a educação ambiental e a proteção das riquezas naturais. “Durante a minha formação me interessei pela área de gestão de resíduos sólidos, sobretudo pela tecnologia da compostagem. Participei do projeto Universidade Cidadã, onde fui umas das facilitadoras de oficinas de compostagem para alunos de uma escola estadual. São alternativas para minimizar pequenos impactos em minha vida pessoal”. Não basta contribuir para viabilizar empreendimentos e tecnologias, sem uma reflexão sobre mudanças de comportamento individuais e coletivas na sociedade, acrescenta.

1) Como é a sua atuação na área da sustentabilidade? Por que a escolha por essa área de atuação?

 Atuo como analista ambiental em uma consultora no desenvolvimento de relatórios de controle e planejamento ambiental para licenciamento de empreendimentos de impacto ambiental e urbanístico, e na elaboração de planos de gerenciamento de resíduos e estudos de impacto de vizinhança. Escolhi a formação em engenharia ambiental devido a admiração que tenho pela natureza e por todas as formas de vida. Permaneço em busca de uma atuação profissional cada vez mais coerente e com meu propósito de vida, por isso escolhi fazer a pós-graduação em Educação Ambiental e Sustentabilidade na PUC Minas.

 

2) Como foi a sua experiência como aluna da pós-graduação na PUC Minas?

 Senti-me muito bem acolhida durante esta pós-graduação. Minhas expectativas foram superadas. Fiquei muito satisfeita com a competência dos professores, o domínio sobre os temas e a didática em sala de aula. As aulas foram sempre interativas, dinâmicas e a participação dos alunos foi sempre valorizada. Inclusive durante o período de aulas remotas, a metodologia utilizada por alguns professores me surpreendeu positivamente. Outros aspectos que me deixaram muito contente foram: a quantidade de atividades de campo e a organização da universidade, sobretudo da coordenação do curso que esteve sempre presente oferecendo a melhor experiência possível aos alunos.

 

3) Pode nos contar um pouco sobre como o conhecimento adquirido no curso de pós é usado na sua rotina profissional?

A formação em Educação Ambiental (EA) foi um excelente complemento para minha formação em Engenharia Ambiental. A Engenharia é um curso voltado para questões técnicas, portanto, a formação em EA me possibilitou enxergar a relevância dos problemas ambientais, com uma visão mais holística da relação entre sociedade e natureza. A formação em EA contribuiu também para a melhora das minhas habilidades de comunicação verbal e escrita, além da minha capacidade de propor soluções para problemas e conflitos socioambientais. 

 

4) Qual o principal atividade na rotina de trabalho e seus objetivos em longo prazo?

 Gestão de condicionantes e licenças ambientais, elaboração de estudos e relatórios e comunicação com clientes. Transmitir por meio de oficinas, palestras, workshops ou mesmo pela produção científica a importância de pensar criticamente sobre a nossa relação com o meio ambiente, dando continuidade a um plano de negócio que iniciei junto com colegas do curso durante algumas disciplinas da pós-graduação.

 

6) Qual seria o seu recado sobre o papel da educação na vida das pessoas?

 A educação nos liberta e transforma nossa forma de enxergar e se relacionar com o mundo. Além disso, a educação empodera, gera autoestima. Seja qual for o momento profissional que esteja vivendo, permaneça aberto para novas experiências e conhecimento, não deixe de estudar e aprimorar sempre suas ideias e formas de pensar. Ao longo da pós-graduação aprendi que a Educação Ambiental (EA) em específico, não é apenas sobre reciclar e fazer hortas em escolas. EA é processo contínuo e permanente que pode e deve ocorrer de forma transversal no âmbito formal e informal; é trajetória individual e coletiva para sensibilizar, conscientizar e mobilizar pessoas, inclusive o agente educador, gerando autonomia e independência nas formas de pensar o ambiente e, o mais importante; é se reconhecer como sujeito em constante aprendizado e transformações, processo desafiador, mas também um acalento para aqueles que estão ávidos por um mundo mais justo, igualitário e melhor para se viver.

 

7) Ainda sobre a importância da confirmação com a sustentabilidade em tempos em que vemos regiões como Pantanal e Amazônia em risco devido a grandes incêndios? 

 A sustentabilidade proporciona o equilíbrio entre os pilares econômico, ambiental e social. Certamente, o que tem ocorrido no Pantanal e na Amazônia é fruto de um grande desequilíbrio entre esses três pilares. Escolhas individuais e coletivas legitimam atividades humanas predatórias que provocam desequilíbrios ecossistêmicos podendo levar a desastres como esse. E para quem está chegando o desenvolvimento e o progresso? A demanda por alimentos, energia, água só tende a crescer, no entanto, qual benefício está sendo ofertado para os mais despossuídos? São questões a se pensar. Por isso, devemos refletir sobre o quanto temos degradado o meio ambiente com pouca efetividade na busca da equidade social. 

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

imprensaiec@pucminas.br | (31) 3131-2824