IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 123 | 01/10/2020 a 01/11/2020

Opinião

As queimadas que avançam pelo território coberto pela floresta amazônica, registradas todos anos, e intensificadas nos últimos meses, destroem não só a vida local, mas também a identidade nacional.

Amazônia de todos: além do discurso

A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta. Ali, há um sistema ecológico complexo de vida – são milhares de espécies habitantes em sua extensão de mais de cinco milhões de quilômetros.

As queimadas que avançam por seu território, registradas todos anos, e intensificadas nos últimos meses, destroem não só a vida que ali habita, mas também a identidade nacional, repleta de ancestralidade e espiritualidade.                                                    

O cenário em foco de desmatamento é fruto da intencionalidade em produzir em larga escala, por meio de uma produção extensiva, que não tem respeitado e nem defendido as políticas públicas do meio ambiente; políticas essas tão arduamente conquistadas ao longo dos anos.  Quando falamos dos porquês de se preservar a floresta, não estamos falando apenas da sua importância ambiental, mas também sobre a nossa ética e nossa moralidade frente a isto. E se esses fatores não são suficientes para alguns, os chefes de governo de todo o mundo já informam que as consequências são eminentes para todos – incluindo aqueles que pensam tão somente em um lucro desenfreado.  Isto porque diversos países manifestaram preocupação com as queimadas na Amazônia, e, alguns discursos, inclusive, apresentaram ameaças de retaliações comerciais ao Brasil.                                                                                                               

Os dados fazem um chamado de urgência para não só refletirmos, mas agirmos sobre o que aprendemos desde pequenos: o significado do ecossistema, dos biomas que o compõem – a expressão bioma vem de “bio”, que em grego quer dizer “vida” e “oma”, quer dizer “massa”, grupo ou estrutura de vida. É admirável aquelas empresas e indivíduos, que em seu dia a dia, incorporam ações de sustentabilidade, como a produção mais limpa – produção em circulo fechado, empresas resíduos zero, produtos com certificação ambiental,  Universidades sustentáveis, aumento substantivo no Brasil da produção de energias renováveis – biomassa, eólica e fotovoltaica; agricultura de baixo carbono; produtos orgânicos, dentre outros. Mas neste momento, é necessário um despertar coletivo: um chamado macrorregional. Não podemos ignorar o que está acontecendo e, caso os governos não atuem de forma protetiva e de recuperação a essas áreas, precisamos cobrá-los por isto. As políticas de meio ambiente precisam ser cumpridas, e, em caso de descumprimento, é necessário que haja investigações para que os criminosos sejam responsabilizados.

O que constatamos, hoje, é um extenso saber sobre o meio ambiente, mas o pouco agir.  Ignorar as queimadas é o mesmo que desistir do meio ambiente, da nossa Casa Comum. Ajamos com urgência.

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

imprensaiec@pucminas.br | (31) 3131-2824