IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 118 | 17/03/2020 a 17/04/2020

Fala, Professor!

É importante saber se comunicar, ter um pensamento crítico, resiliência, empatia e inteligência emocional

Os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho ou estão em busca de uma nova recolocação têm demandado atividades que estejam alinhadas com suas necessidades e com o que gostam de fazer, mas também, que tragam benefícios para a sociedade.  Confira algumas habilidades e competências cada vez mais requisitadas ao longo dos anos e que convergem com as exigências da sociedade contemporânea e do cenário atual. 

Capacidade de Comunicação – comunicar-se é muito mais que falar o mesmo idioma. A comunicação adequada e eficaz compreende a transferência interpretação e análise das ideias de forma que se consiga transmitir para outra pessoa justamente o que se está querendo dizer. Quando isso ocorre, a pessoa se torna capaz de falar para os mais diversos públicos e, provavelmente, obter os objetivos que buscava com a comunicação. A maioria das profissões exige algum tipo de interação entre as pessoas, seja, na comunicação interna com os diversos setores ou na comunicação externa com clientes, fornecedores entre outros.Uma boa comunicação inclui também ouvir atentamente, escrever bem, saber se portar em diferentes situações, entender o que está sendo dito e possuir capacidade e  facilidade de realizar trabalhos em equipe. Ou seja: não basta falar bem. Para que a comunicação seja efetiva, é indispensável ter uma boa liderança e um bom poder de persuasão.

Pensamento crítico e estruturado - capacidade de comunicação clara, habilidade de fazer as perguntas adequadas, de reconhecer o que está por trás dos problemas e de perceber olhar para uma questão sob diferentes perspectivas define o conceito de pensamento crítico. O pensamento crítico é definido como o uso da lógica e da racionalização para identificar pontos fortes e pontos fracos e soluções alternativas, conclusões e abordagens a problemas. Resolução de problemas complexos. Profissionais com potencial na solução e condução de conflitos de forma rápida e inovadora terá preferência nas organizações. Sabemos que algumas pessoas são mais criativas que outras. Mas, o tipo de criatividade demandada pela maioria das profissões é algo que pode ser desenvolvido com a prática – apesar de ser muito desafiador para muitos. Um funcionário com pensamento criativo tende a trazer alternativas singulares para uma situação de crise. 

Resiliência - A resiliência talvez seja uma das características mais valorizadas nos dias atuais, e é a capacidade de se reinventar depois de enfrentar adversidades. É algo que demanda maturidade psicológica dos indivíduos.As organizações, cada vez mais demandam flexibilidade e adaptabilidade para lidar com as mudanças e exigências da empresa. Nesse cenário, habilidades como adaptação a mudanças, controle das emoções  para não deixar ser influenciado negativamente pelo estresse, empatia, sociabilidade e valores positivos para possibilitar  um bom relacionamento com a equipe de  trabalho e chefias, dentre outras características, são fundamentais para o sucesso e crescimento profissional.

Empatia - A empatia é relevante para qualquer área nas organizações. É uma competência  fundamental para os gestores. A empatia a é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender, por meio da imaginação, o sentimento do outro. Ela é importante para a relação entre os gestores e funcionários de uma empresa. Em relacionamentos nos quais existe alguma forma de hierarquia ou liderança, se colocar no lugar do outro pode tornar a gestão mais aberta e humana. Essa competência é, portanto, a chave para uma boa gestão de pessoas. É também uma habilidade essencial para a relação entre a empresa e seus clientes.

Inteligência emocional - A gestão das emoções é essencial a todos os profissionais. Essa habilidade pode propiciar que profissionais passem pela crise com mais serenidade e sem perder o espírito de persistir. Segundo pesquisas realizadas pelo Dr. Travis Bradberry, coautor do best-seller Emotional Intelligence 2.0, a habilidade corresponde a aproximadamente 58% da nossa performance profissional e por isso ela é considerada uma das habilidades profissionais mais importantes da atualidade. Sem essa habilidade é comum que a procrastinação, a falta de interesse, a reclamação e os conflitos  com colegas e gestores assumam o cotidiano dos profissionais. Existe uma preocupação com o impacto da inteligência artificial no futuro do trabalho, mas a inteligência emocional continua sendo fundamental nas relações profissionais. Com a tendência cada vez maior das diversidades nas organizações, ambientes multiculturais e maior interação entre áreas e setores, a maneira como os empregados se relacionam e reagem às situações cotidianas é determinante nas organizações e no mercado de trabalho em geral , especialmente nas posições de gestão e liderança,  por gerenciar perfis cada vez mais distintos, e de  gerações diferentes. Para desenvolver essa competência, é necessário, desenvolver o autoconhecimento, ou seja, entender como lidar com as próprias emoções, como reagir a situações de stress, como se relacionar em equipe, dentre outros, pois essa reflexão possibilitará que enfrente os desafios profissionais de maneira mais tranqüila.

Liderança - Obviamente, Inteligência emocional, Resiliência, Empatia, pensamento critico e estruturado e capacidade de comunicação, são características fundamentais para um bom funcionário ou candidato. Porém, a liderança vai além. Essa competência permite que o profissional seja mais do que um bom funcionário. Isso ocorre porque ela é o resultado da união de todas as demais competências. É quase impossível ser um líder sem saber se comunicar, sem inteligência emocional e sem empatia ou criatividade. Ser um bom líder possibilita que os funcionários trabalharem como uma equipe, assumam  responsabilidades e, ainda, conseguir  o melhor resultado e qualidade do trabalho das pessoas.   Com o avança r das mudanças e a revolução 4.0, a busca por profissionais com essa característica é cada vez maior.

 

PROFESSORA CLAUDIA REGINA BARROSO RIBEIRO

Psicóloga, Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e Université Aix Provence -  França. Especialista em Gestão de Pessoas.  Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, atualmente é Chefe de Departamento e Coordenadora do Curso de Psicologia da PUC Minas e professora, onde leciona para os cursos de Graduação e Pós- graduação. Atua como consultora em empresas, trabalhando principalmente nos temas relacionados a gestão empresarial como cultura e mudança organizacional, gestão de cultura e pessoas, desenvolvimento de pessoas, liderança e equipes de alta performance. Foi gerente de recursos humanos durante 20 anos, em empresas de médio e grande porte. 

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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