IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 118 | 17/03/2020 a 17/04/2020

Em dia com o Mercado

O que as empresas esperam de você?

O que você faz ao encontrar um anúncio de emprego em sua área? Provavelmente você siga direto para a lista de qualificações exigidas. Lá, você vai encontrar uma série de especificidades técnicas e bastante objetivas. Obviamente, estar preparado para o mercado significa estar apto a atuar de acordo com as competências relacionadas à sua profissão, mas não só.

O perfil do profissional atual requer mais do que isso e pede habilidades emocionais e comportamentais por vezes bastante subjetivas, como no caso de Kenedy Ferreira Gonçalves. O analista de administração de pessoal do Grupo Ânima trabalhou, há alguns anos, no setor de pessoal em uma empresa especializada em seguro de vida e se viu diante de uma cultura que valorizava a inteligência emocional como um atributo indispensável de seus colaboradores. “Éramos incentivados a desenvolver a nossa empatia, a olhar para o próximo de forma mais humana e sensível, a manter o relacionamento com o outro de maneira respeitosa, coerente, íntegra. Esta experiência me transformou em um profissional mais bem preparado para as funções que exerço hoje e me ofereceu a oportunidade de praticar estes valores que, percebo agora, tão fundamentais para o exercício saudável de qualquer profissão, e especialmente daquelas que trabalham com pessoas”, afirma.  

Para o professor Herbert Fontoura, coordenador de cursos de pós-graduação da PUC Minas, o mercado atual procura por profissionais que se desenvolvam em novas competências e habilidades, que aceitem o desafio de buscar novas formas de pensar, de transpor limites e que tenham perfil colaborativo, empático, analítico. “Se há algum tempo as corporações buscavam e destacavam profissionais especialistas focados em resultados, atualmente ele busca pessoas com perfil multiqualificado e em constante transformação”, explica.

O que esperar do futuro?

A tendência das organizações é seguir este caminho de buscar profissionais flexíveis e abertos a aprender novos processos, com pensamento critico. A competência de analisar detalhes e fazer julgamentos racionais sobre diferentes cenários será um traço cada vez mais determinante para o desenvolvimento profissional das pessoas.

“Existe uma preocupação com o impacto da inteligência artificial no futuro do trabalho, mas a inteligência emocional continua sendo fundamental nas relações profissionais. Com a tendência cada vez maior das diversidades nas organizações, ambientes multiculturais e maior interação entre áreas e setores, a maneira como os empregados se relacionam e reagem às situações cotidianas é determinante nas organizações e no mercado de trabalho em geral, especialmente nas posições de gestão e liderança, por gerenciar perfis cada vez mais distintos, e de  gerações diferentes”, explica a psicóloga Claudia Regina Barroso Ribeiro, professora de cursos da pós-graduação da PUC Minas (confira o artigo da professora clicando aqui).

A competência de analisar detalhes e fazer julgamentos racionais sobre diferentes cenários será um traço cada vez mais determinante para o desenvolvimento profissional das pessoas. “Acredito que, como tendência, as empresas continuarão se transformando no sentido de propiciar condições organizacionais para que candidatos que buscam as características especificadas desenvolvam seu trabalho em condições que vão ao encontro de um cenário mais produtivo e lucrativo gerando assim uma relação de ganho recíproco”, aposta a professora.

Para o professor Fontoura, “será bem aceito pelo mercado o candidato que possuir em seu perfil características que identifiquem as seguintes habilidades e competências: Capacidade de solucionar problemas; Inteligência emocional; Ética empresarial; Diplomacia; Persistência; Conhecimentos técnicos diversos; Posicionamento com elegância e educação; Protagonismo; Propósito e paixão pelo que faz; Inovação e criatividade; Atenção às novas formas de trabalho; Vivências fora do ambiente profissional; Pensamento orientado por dados; Conhecimento intercultural; Transdisciplinaridade, dentre outras” , finaliza.

 

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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