IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 117 | 10/02/2020 a 08/03/2020

Fala, Professor!

Cidades Inteligentes: um futuro promissor e igualitário

Durante a última década, um novo paradigma urbano surgiu: a cidade inteligente. Um conjunto de aspectos cada vez mais complexos foi acrescentado às noções tradicionais de viver, trabalhar e usufruir dos momentos de lazer. Sustentabilidade, coesão social, governança, inovação ou resiliência às mudanças no meio ambiente são alguns dos fatores que compõem a cidade na Era da Informação.

As cidades inteligentes são uma realidade. A tendência sugere que até 2050 a população urbana atinja 70% da população total do mundo. Por esse motivo, muitas cidades apostam em um modelo inteligente para gerenciar seus recursos. Os municípios e as administrações públicas trabalham para alcançar cidades sustentáveis e adaptadas às necessidades de todos os cidadãos.

No Brasil vive-se uma situação atípica, onde se percebe a existência de realidades extremas, com muita riqueza e ao mesmo tempo muita miséria, criando o paradigma da Belindia, isto é, temos situações de Bélgica, mas também de Índia. Neste contexto, podemos fazer algumas considerações:

 

 

O conceito de “Smart Cities” vem sendo amplamente divulgado e aplicado em todo o mundo, principalmente associado a introdução de tecnologia em diversos setores. A fim de garantir, além da tecnologia, também uma situação de mais humanização e sustentabilidade, acredita-se que alguns conceitos devem suportar este projeto, tais como: as iniciativas devem considerar o atendimento às necessidades e bem-estar do ser humano; praticar uma visão do bem comum, promovendo humanização e felicidade; atuar de forma a promover a participação efetiva e representativa da sociedade local; as iniciativas devem ser alinhadas e integradas entre as diversas áreas, buscando sinergia e foco no desenvolvimento sustentável, o que implica em abordagens de curto, médio e longo prazos e total transparência e prestação de contas.

Além dos aspectos citados, o tratamento adequado da implantação dos conceitos de “smart cities” nos municípios brasileiros se mostra em total alinhamento ao tema recente da Campanha da Fraternidade 2019 e da Encíclica Laudato Sí, emitida pelo Papa Francisco. Tais iniciativas falam da elaboração e da prática de políticas públicas capazes de proporcionar melhoria da qualidade de vida e o bem-estar das pessoas em suas comunidades locais e com seus vizinhos, por meio de ações de curto, médio e longo prazos. Essas ações são capazes de garantir plena sustentabilidade e autonomia ao processo de desenvolvimento, de forma que todas as partes envolvidas tenham a percepção de ganho, formando assim um ciclo virtuoso, com geração de valor e renda equilibrada, igualitária e sustentada.

Sendo assim, “Smart Cities é um campo em expansão que exigirá um grande número de profissionais capacitados em diversas áreas de atuação, como novos negócios em grandes empresas do setor de infraestruturas de energia, saneamento, transportes ou Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), além de diversas atividades na área pública e social, tais como saúde, educação, cultura, entre outras.

Davidson Geraldo Ferreira é mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007) Especialista em “Power System Control and Operation” no Royal Institute of Tecnology em Estocolmo, Suécia (1995). Pós Graduado em Gerência de Telecomunicações pelo IETEC (1997). Coordena cursos de pós-graduação na PUC Minas, entre eles Cidades Inteligentes (confira a oferta aqui:)

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