IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 114 | 17/09/2019 a 22/10/2019

Em dia com o Mercado

Mauro Lúcio Henrique de Carvalho, psicólogo clínico com especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), acredita que seu trabalho contribui para a promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas. Nesta entrevista, ele fala sobre sua área de atuação, a experiência na pós-graduação na PUC Minas e faz uma análise da importância da terapia para doenças mentais, como a depressão. Confira:

  1. Porque escolheu essa profissão e área de atuação? 

A escolha pela Psicologia se deu pela admiração e pelo reconhecimento de sua importância para sociedade. Além disso, trata-se de uma profissão com múltiplas áreas de atuação, o que de certa forma favorece a empregabilidade. A minha opção por atuar na Clínica, especificamente, foi influenciada por competências desenvolvidas ainda na graduação e pela satisfação de saber que meu trabalho poderia contribuir para promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas.

  1. Como foi a sua experiência ao longo do curso de TCC na PUC Minas?

A especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental foi uma experiência muito enriquecedora, sobretudo do ponto de vista técnico. Ao longo do curso, tive a oportunidade de estudar com professores renomados, que se preocupavam em articular teoria e prática. Decerto, todo aprendizado me deu mais segurança para atuar em diferentes demandas clínicas.

  1. Como você avalia a TCC no contexto do tratamento de pacientes com transtornos mentais, entre eles a depressão.

A TCC é uma abordagem terapêutica diretiva, estruturada, focada no presente e baseada em evidências. Inúmeras pesquisas sinalizam para sua eficácia, sobretudo no tratamento dos sintomas de ansiedade, depressão e estresse. Em linhas gerais, ela parte do pressuposto de que as emoções e os comportamentos são influenciados pela forma com que as pessoas interpretam determinados eventos, isto é, pensamentos automáticos negativos emergem em determinadas situações e acabam modulando as emoções e favorecendo respostas comportamentais disfuncionais. No caso da Depressão, por exemplo, a pessoa constrói uma visão negativa de si, do mundo e do futuro, o que acaba trazendo significativo sofrimento. Em vista disso, o terapeuta trabalha em parceria com o paciente, auxiliando-o a identificar distorções cognitivas, analisá-las de uma forma mais racional e contestá-las. Trata-se de um trabalho sistemático que resulta em respostas comportamentais mais saudáveis e funcionais (Reestruturação Cognitiva). Trabalha-se, ainda, com a ativação comportamental do paciente, aumentando o seu envolvimento em atividades de reforço e interações sociais.

  1. Qual a dica você daria para os que pretendem seguir essa área de atuação? Qual a chave para um bom trabalho?

A chave para um bom trabalho é manter-se atualizado e em constante aprendizado. Além disso, é imprescindível compreender que a TCC, e o trabalho clínico de uma forma geral, não consiste simplesmente na aplicação mecânica de conjunto de técnicas. O terapeuta deve buscar desenvolver uma escuta ativa, ter sensibilidade para ultrapassar a lógica patologizante e ser capaz de enxergar as potencialidades de cada paciente. 

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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