IEC • PREPES | Pós-Graduação Lato Sensu

Twitter Facebook
Boletim Com Você
Boletim Eletrônico
Número 56 | 05/03/2013 a 02/04/2013

Fui demitido e agora?


Apenas em 2013, mais de 15 grandes companhias já anunciaram a possibilidade de demissões em massa de acordo com reportagem da Revista Exame. Entre elas estão o Cirque du Soleil - que pretende dispensar quase 10% de sua equipe, a Renault  -  que informou que vai cortar 7.500 funcionários até o fim de 2016, e a American Express - que deve reduzir em 8,5% o número de trabalhadores, o que representa cerca de 5.400 demissões, neste ano.

Ao ser demitido, o profissional perde mais que um emprego, perde sua qualidade de vida e também sua dignidade perante o social, explica o professor Jorge Franca, dos cursos de Avaliação e Diagnóstico Psicológico, do IEC. Assim, em geral, “os desempregados se deparam com o sentimento de vergonha”, ressalta Franca. Porém, é importante entender que o desemprego é consequência de uma defasagem entre uma grande oferta de mão de obra e um número menor de vagas oferecidas pelo mercado. Além disso, deve-se reavaliar o que é necessário fazer para voltar ao mercado e fazer da busca pelo emprego um trabalho.

Demissões representam um grande pesadelo, mas também podem servir como oportunidade de mudança e reflexão.  “A gente fica arrasada”, conta Michelle Lima, ex-aluna do curso Avaliação e Diagnóstico Psicológico IEC. Ela foi demitida em 2005 da financeira onde trabalhava, pois estavam cortando gastos e acreditavam que ela não tinha perfil para a função que exercia. Porém, entendeu que o que contribuiu para sua demissão foi o fato de não ter curso superior, apesar da experiência na área. Assim, procurou compreender o que o mercado buscava e também o que gostaria de fazer e resolveu graduar-se em psicologia.

Assim como Michelle, alguns profissionais gostariam de melhorar a sua qualificação, mas às vezes, não encontram tempo para isso e o momento do desemprego pode ser uma boa hora para continuar os estudos, diz Litany França Diniz, pós-graduada em Gestão de Pessoas pelo IEC e diretora da Maker Recursos Humanos. De acordo com ela, ao estudar o profissional ocupa o tempo produtivamente, além de ampliar seu networking

Além de se qualificar e refletir sobre a carreira, após a demissão, o profissional deve buscar uma recolocação rapidamente. “Acredito que um dos maiores erros é encarar os primeiros meses de desemprego como férias”, ressalta. Pois assim, quando as pessoas resolvem buscar uma recolocação já estão ansiosas e apressadas, o que pode prejudicar o desempenho nos processos seletivos.

Na busca por um emprego, é importante ter um bom currículo que ressalte as habilidades e as experiências do profissional e que seja claro e atrativo. O networking é uma ferramenta importante que deve ser usada, mesmo que pareça desconfortável revelar o desemprego. Litany explica que esconder essa situação é um erro, pois qualquer pessoa pode ter algum contato importante para oferecer. Outra ferramenta é a internet, que pode ser usada para colocar o currículo em sites de emprego, nos sites da empresas e nas redes sociais especializadas.

Mesmo quem não está desempregado ou não pretende mudar de trabalho, precisa fazer um monitoramento constante do seu desempenho funcional, ter autocrítica para avaliar suas habilidades e buscar melhorias nas limitações, explica a diretora da Maker. Para aqueles que agem assim, uma possível demissão não se mostra tão ameaçadora, pois sabem que possuem competências que os tornam aptos a encarar os concorrentes do mercado de trabalho.

O profissional precisa ser ético e leal ao seu empregador, mas é fundamental que avalie constantemente sua carreira e consiga planejar-se para estar pronto para novas oportunidades e desafios dentro da empresa em que atua ou fora dela. “É importante ressaltar que, muitas vezes, o profissional é desligado no momento de uma crise em função do seu desempenho”, conclui Litany.

5 dicas para se recolocar no mercado de trabalho:

1. Reflita sobre sua carreira e sobre o que causou a demissão;
2. Comece a buscar um novo trabalho logo após a demissão;
3. Organize seu currículo de modo claro e conciso, ressaltando os pontos mais importantes.
4. Acione sua rede de contatos. Não tenha medo de contar sobre a busca por emprego;
5. Aproveite o momento para investir na educação, além de melhorar o currículo, amplia o networking.

Dica de leitura:
Fui Demitido: E Agora? - Gutemberg B. De Macedo, Editora Maltese

 

05/03/2013

Para sugerir pautas, indicar eventos, divulgar oportunidades de trabalho ou enviar seus comentários, entre em contato conosco:
imprensaiec@pucminas.br ou ligue para (31) 3269 3263