Ao final do dia de hoje, estaremos vivendo em um planeta mais quente, com derretimento de geleiras, aumento do nível do mar, águas mais ácidas, ar mais poluído e menor quantidade de terras adequadas ao plantio. Ao final do dia de hoje, mais plantas e mais animais serão extintos da face da terra. Segundo cientistas, vivenciamos a sexta extinção em massa da história geológica.
Ao final do dia de hoje, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 11% da população mundial estará em uma situação de pobreza extrema, lutando para satisfazer necessidades básicas. As altas taxas de pobreza são frequentemente encontradas em países pequenos, com economias frágeis e afetados por conflitos. O mundo enfrenta a recessão global mais profunda desde 1930 e a pandemia de Covid-19 empurrou, em 2020, cerca de 120 milhões de pessoas de volta para a pobreza. Concomitantemente, 255 milhões de empregos em tempo integral foram perdidos e o número de pessoas que passam fome, em 2021, pode ter aumentado em até 132 milhões. Ao final do dia de hoje, mais de 10 milhões de meninas correrão o risco de casamento infantil. Milhares de pessoas no mundo serão traficadas, violentadas sexualmente e estarão fugindo dos próprios países em situação de guerra e supressão de direitos.
Ao final do dia de hoje, dormiremos com a certeza de que o planeta vive problemas reais e o seu enfrentamento é crucial para nossa sobrevivência. Apenas unindo forças será possível evitar a catástrofe climática e minimizar os desequilíbrios e as desigualdades, geradores de perdas, dor e sofrimento, em uma perspectiva global. Diante da urgência, gravidade e complexidade desse cenário, em setembro de 2015, 193 representes dos Estados-membros presentes na 70ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) se comprometeram a adotar medidas ousadas até o ano de 2030, para a construção e a implementação de políticas públicas que possam guiar a humanidade para o caminho do desenvolvimento sustentável, em suas três dimensões: econômica, social e ambiental.
Nessa reunião foi aprovado o documento Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que ficou conhecido como Agenda 2030. O núcleo central desse documento são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em número de 17, que se desdobram em 169 metas e 330 indicadores globais. A agenda 2030 apresenta uma concepção que renova e avança em relação aos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), adotados pela ONU e Estados-membros entre os 2000 e 2015, por englobar um maior número de temáticas, por concebê-los e apresentá-los de forma integradas e implicar a participação não apenas de Estados e Governos, mas de diferentes outros atores sociais: os setores secundários e terciários da economia, a sociedade civil organizada, as escolas, as instituições de ensino superior (IES).
As IES têm um importante papel para a implementação das ODS. Por meio da Extensão, integrada ao Ensino e à Pesquisa, podem contribuir para a construção e a disseminação de metodologias e conhecimentos sobre os impactos do antropoceno no meio ambiente, para a construção, a avaliação e a implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável, para a transformação de mentalidades, concepções e práticas, individuais e coletivas, não sustentáveis, dentro e fora do ambiente universitário.
Dado a sua relevância, o XXVIII Encontro Nacional do ForExt terá, em 2021, o tema Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Extensão Universitária. O principal objetivo do evento será oportunizar espaços para a socialização e as trocas de conhecimentos e experiências que permitam pensar estratégias para o avanço na incorporação das ODS à Extensão, em um momento de agravamento das crises econômica, social e política e da, ainda, persistente crise sanitária, decorrente da pandemia de Covid-19.
O evento deste ano terá como anfitriã a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
Considerada uma das melhores universidades privadas do Brasil, a PUC Minas é a única instituição privada de Minas Gerais a fazer parte do ranking das melhores universidades do mundo: o Times Higher Education. Foi eleita por seis vezes pelo Guia do Estudante, publicação da Editora Abril, como a melhor entre as particulares do país - e reconhecida pela Congregação para a Educação Católica, do Vaticano, como a maior universidade católica do mundo. Abriga mais de 73 mil alunos em seus cursos de graduação e pós-graduação. O corpo docente permanente gira em torno de 1,7 mil professores e 2,9 mil funcionários.
São sete campi localizados nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Arcos, Poços de Caldas, Serro e Uberlândia, além de três unidades – Barreiro, Praça da Liberdade e São Gabriel.
A Universidade tem como missão o desenvolvimento humano e social da comunidade acadêmica a partir da formação ética e solidária, da produção e disseminação de conhecimento, arte e cultura. O tripé Ensino, Pesquisa e Extensão se articula em projetos inovadores e voltados para a transformação da sociedade.
Os projetos extensionistas da PUC Minas alcançam não apenas moradores das cidades onde estão situados os campi e unidades, mas de várias regiões de Minas Gerais e, mesmo, de outros estados do País. Ao possibilitar a articulação da academia com a sociedade, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) trabalha em prol da promoção da cidadania, da inclusão e do desenvolvimento social. Isso se reflete na formação cidadã e humanista discente e docente, na perspectiva de desenvolvimento integral do ser humano.
Atualmente, 82 projetos de extensão são realizados no formato online, incluindo os projetos vinculados ao programa de extensão PUC Minas e Brumadinho – Unindo Forças.
O Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária (ForExt) constitui um importante espaço de discussão das Instituições Comunitárias de Ensino Superior (ICES) do país acerca da Extensão Universitária como um princípio de aprendizagem, estimulando o diálogo sobre as práticas integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão. Materializa um mecanismo relevante de articulação e fortalecimento político da Extensão Universitária e das Instituições Comunitárias de Ensino Superior. Trata-se de um Fórum representativo e permanente, que foi criado em 1998, durante o 5º Encontro de Ação Comunitária e Extensão, promovido pela Abesc, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS). Surgiu da necessidade de organizar a extensão nas ICES, visando ao compartilhamento de concepções e de experiências extensionistas, estabelecendo um diálogo interinstitucional, assim como favorecendo uma articulação política com o poder público e outras organizações do país vinculadas ao ensino superior.
Para conhecer relação dos eventos anteriormente realizados, acessar aqui.